A fascite plantar é uma das principais condições dos pés que causa dores, principalmente na população adulta. Estima-se que 10% a 15% dos brasileiros adultos possam desenvolver esse problema em algum momento da vida. Neste artigo, é possível descobrir as causas da fascite, seus sintomas, métodos de prevenção e tratamento.
A fascite nada mais é do que uma inflamação da fáscia, o tecido que cobre a sola do pé, desde o calcanhar até os dedos. Esse tecido ajuda a sustentar o arco do pé e a absorver o impacto durante a caminhada. A inflamação pode ocorrer devido ao excesso de peso, atividades físicas intensas, uso de calçados inadequados e problemas no arco do pé.
Ela causa dores fortes no calcanhar e no arco do pé, dificultando a caminhada e outras atividades diárias. Frequentemente ela é confundida com o esporão de calcâneo, mas são dois problemas nos pés bem diferentes. A fascite inflama o tecido da sola do pé, enquanto o esporão é um crescimento ósseo no calcanhar que pode causar inflamação ao redor.
Alguns estudos mostram que a dor da fascite plantar pode estar relacionada a uma alteração das estruturas dos pés, causada pela prática excessiva de exercícios, principalmente de alto impacto, além do sobrepeso e idade.
Já de acordo com o Dr. Drauzio Varella, por enquanto não se conhece a causa exata dessa condição, mas na maioria das vezes, a dor forte que é característica da fascite, é provocada pelo estiramento intenso da fáscia (tecido do pé) ou a repetição de pequenos traumas nessa estrutura.
Existem diversos fatores que podem apresentar certo risco a pessoas com fascite plantar, desde fatores internos (estruturais) a fatores externos (hábitos e atividades físicas, como):
A cadeia muscular posterior encurtada é uma condição que afeta os músculos da parte posterior do corpo, deixando-os encurtados e rígidos. Esse problema está relacionado com a fascite porque afeta os músculos isquiotibiais (parte de trás da coxa), os músculos da panturrilha e também a fáscia plantar (tecido do pé). Dessa maneira, ocorre uma tensão nessas regiões que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da fascite plantar.
Os sintomas da fascite plantar mais comuns são as dores, que podem aparecer no calcanhar ou no arco do pé. A dor é mais intensa depois de longos períodos de descanso, especialmente ao acordar, porque ao pisar no chão pela primeira vez, o tecido da sola do pé se estica rapidamente, causando dor.
A dor geralmente melhora com a movimentação, mas atividades que forçam muito os pés podem fazer a dor voltar. Exercícios de alto impacto e trabalhos que exigem ficar muito tempo em pé podem causar desconforto e dor depois de um tempo. Em alguns casos, o inchaço e vermelhidão local podem aparecer como um sintoma, no entanto, não é algo tão comum quanto a dor.
Segundo o estudo “Plantar heel pain and plantar fasciitis“, pessoas com fascite plantar podem ter limitações significativas em suas atividades diárias por causa da dor.
O diagnóstico de fascite plantar geralmente começa com uma avaliação detalhada realizada por um profissional de saúde. Ele examinará a história médica do paciente e fará perguntas sobre os sintomas, como a localização e a intensidade da dor, para um diagnóstico de fascite plantar.
Durante o exame físico, o especialista avaliará a sensibilidade na sola do pé e no calcanhar, além de verificar a amplitude de movimento e os pontos de dor, confirmando o diagnóstico de fascite plantar. Em alguns casos, exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética, podem ser solicitados para descartar outras condições, como fraturas por estresse ou esporão do calcâneo, garantindo um diagnóstico de fascite plantar preciso e eficaz.
A fascite plantar pode ser diagnosticada a partir de uma avaliação clínica feita por um médico ou fisioterapeuta, e alguns exames de imagens, como a ultrassonografia, um exame rápido que não inclui radiação e que permite a visualização do espessamento da fáscia plantar, se há inflamação ou até mesmo rupturas nesse tecido. A ressonância magnética também pode ser recomendada. É um exame mais detalhado do que a ultrassonografia, porém custa mais caro.
A abordagem inicial para o tratamento da fascite é conservadora, com o objetivo de aliviar a dor e a inflamação sem a necessidade de intervenções cirúrgicas, além de aliviar a tensão e as sobrecargas no calcanhar e no arco do pé.
Na fisioterapia existem diversas terapias que podem beneficiar pessoas com fascite plantar, como a terapia manual que consiste em massagens e alongamentos que ajudam a relaxar e reposicionar a fáscia plantar para aliviar a dor.
A bandagem funcional também é uma opção, que consiste em aplicar fitas elásticas ou inelásticas para estabilizar e proteger os pés sem limitar os movimentos. É eficaz e permite que a pessoa continue a realizar atividades físicas. Outra abordagem seria a terapia com ondas de choque, não invasiva, que utiliza ondas sonoras para estimular a regeneração da fáscia plantar.
A massagem feita em casa combinada com o uso de gelo podem complementar o tratamento da fascite indicado pelo médico ou especialista. Juntas oferecem uma ação anti-inflamatória e proporcionam alívio imediato da dor e inchaço.
A Massagem com garrafa de água congelada é uma opção simples e eficaz. Basta congelar uma garrafa de água de plástico, em seguida rolar a garrafa sob o arco do pé (a curvinha do meio do pé) ao mesmo tempo aplicar uma pressão moderada na garrafa. Pode ser feito durante 10 a 15 minutos, de 2 a 3 vezes por dia.
O fortalecimento e alongamento da panturrilha é parte essencial do tratamento para fascite plantar e, inclusive, prevenir o seu surgimento, pois os músculos da panturrilha estão conectados ao tendão de Aquiles, que está conectado à fáscia plantar. Em casos onde a panturrilha se encontra fraca, pode haver um agravamento do quadro da fascite plantar.
A Elevação de Calcanhar é um exercício simples que pode ser feito em casa para fortalecer a panturrilha.
Como fazer:
Esse exercício pode ser feito por 3 séries com 10 a 15 repetições.
As palmilhas ortopédicas para fascite plantar são uma solução eficaz para o tratamento, proporcionando suporte e alívio da dor. Projetadas sob medida para cada indivíduo, essas palmilhas ajudam a redistribuir a pressão ao caminhar, reduzir a tensão na fáscia plantar e melhorar a biomecânica dos pés.
Com o uso regular, as palmilhas ortopédicas podem corrigir problemas de pisada, diminuir a inflamação e prevenir o agravamento da condição. Elas são uma opção não invasiva que, além de oferecer conforto, promove a recuperação e permite que os pacientes retomem suas atividades diárias sem dor.
Nossas palmilhas feitas sob medida pela Pés Sem Dor são projetadas para apoiar o arco do pé, realinhar a fáscia e evitar sobrecargas. Se você tem pé cavo, nossos produtos aumentam a área de contato do pé, redistribuindo a pressão e melhorando o amortecimento. Para quem tem pé chato, oferecemos suporte adequado ao arco e aliviamos a carga da fáscia plantar.
Utilizamos tecnologia 3D e precisão digital milimétrica, após uma avaliação gratuita dos seus pés, tornozelos e joelhos com nossos especialistas na Pés Sem Dor.
Os calçados normais são feitos em tamanho padrão e não levam em consideração as individualidades de cada pé. Por isso, na hora de escolher calçados para fascite plantar, é importante ter em mente dois fatores: amortecimento e conforto. O solado dos calçados para fascite plantar não deve ser muito rígido, pois precisa permitir a mobilidade dos pés durante a caminhada. Além disso, os sapatos precisam auxiliar no amortecimento de parte dos impactos impostos nos pés. Ou seja, calçados com solado muito fino e de salto alto devem ser evitados.
Para garantir o conforto, o ideal é que os sapatos tenham sempre uma “folga” (de um a 1,5cm de comprimento), para que os pés não sejam comprimidos durante a sua movimentação no dia a dia. Caso o trabalho ou atividade física exija maior esforço dos pés, deve-se optar por sapatos com amortecedores. No entanto, a melhor opção seria comprar calçados feitos sob medida.
Para garantir uma palmilha sob medida para fascite plantar ou um sapato sob medida na Pés Sem Dor, basta agendar uma avaliação gratuita com os nossos especialistas em pés, tornozelos e joelhos, em uma das nossas unidades presentes em todos os estados do Brasil. Agende sua avaliação.
Durante a avaliação, o especialista verifica a saúde dos pés de cada cliente, com uma anamnese, e dois equipamentos de alta tecnologia: o baropodômetro e o escâner 3D, que fornecem informações sobre a pisada, tipo de pé, pontos de dores, além das medidas exatas dos pés.
Com essas informações, são confeccionadas as palmilhas e os sapatos, em um processo que garante 100% de precisão para solucionar os problemas dos pés dos brasileiros.
Como parte do tratamento para fascite, o médico pode recomendar o uso de anti-inflamatórios para ajudar a diminuir a inflamação da fáscia e controlar a dor. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são os mais comuns, sendo eles: Ibuprofeno (Advil ou Motrin), Naproxeno (Flanax ou Naprosyn) e Diclofenaco (Cataflam ou Voltaren).
A cirurgia para fascite plantar é recomendada quando os tratamentos conservadores como fisioterapia, palmilhas ortopédicas e medicamentos anti-inflamatórios não têm sucesso após um período mínimo de 6 a 12 meses. Se a dor persiste e afeta significativamente a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias, a intervenção cirúrgica pode ser considerada, e geralmente envolve a liberação parcial da fáscia plantar para reduzir a tensão e a inflamação. Este procedimento é realizado com técnicas minimamente invasivas e pode proporcionar um alívio significativo da dor, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Sim, as palmilhas podem ser eficazes no tratamento da fascite plantar. Elas são projetadas para fornecer suporte adicional ao arco do pé, redistribuir a pressão e amortecer o impacto durante a caminhada, ajudando a reduzir a tensão na fáscia plantar. As palmilhas personalizadas, especialmente feitas para se adequar à anatomia única de cada pé, podem ser ainda mais eficazes, proporcionando um ajuste preciso e maior conforto.
Não há uma cura rápida para a fascite plantar, mas é possível aliviar os sintomas e promover a recuperação através de medidas como repouso, aplicação de gelo, uso de palmilhas ortopédicas, alongamentos, fortalecimento muscular, fisioterapia e, em casos mais graves, procedimentos médicos como infiltrações ou cirurgia.
O tempo de duração de uma crise de fascite plantar pode variar de acordo com a gravidade da lesão, o tratamento realizado e a resposta individual. Em geral, as crises agudas podem durar algumas semanas a meses, enquanto casos mais persistentes podem levar meses para se resolverem completamente.
O uso de salto alto não é recomendado para pessoas com fascite plantar. O seu uso prolongado pode causar diversos problemas, como o encurtamento do músculo da panturrilha, alterações na pisada, pressão e falta de suporte para o arco plantar, que consequentemente podem agravar a fascite.
O uso de anti-inflamatórios para o tratamento da fascite plantar deve ser feito sob orientação médica. Medicamentos como ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco podem ser prescritos para ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor, mas é importante seguir as recomendações do médico quanto à dosagem e duração do tratamento, pois o uso prolongado de anti-inflamatórios pode causar efeitos colaterais adversos.
A fascite plantar crônica é uma inflamação persistente da fáscia plantar, o tecido que conecta o calcanhar aos dedos dos pés, causando dor prolongada e desconforto que pode durar meses ou até anos, se não for tratada adequadamente.
A reabilitação da fascite plantar inclui uma combinação de tratamentos como fisioterapia, exercícios de alongamento e fortalecimento, uso de palmilhas ortopédicas, massagem, e, em alguns casos, injeções de corticosteroides ou terapia extracorpórea por ondas de choque (ESWT).
Quem tem fascite plantar pode trabalhar em pé, mas deve tomar precauções para evitar o agravamento da condição. É recomendável usar calçados adequados com bom suporte, fazer pausas regulares para descansar os pés, usar palmilhas ortopédicas personalizadas e realizar exercícios de alongamento para aliviar a tensão na fáscia plantar. Consultar um profissional de saúde para orientações específicas é essencial.
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