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Última Atualização: 24 de agosto de 2021

Osteoporose

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A osteoporose é uma doença que atinge e fragiliza os ossos. Ela está fortemente relacionada à idade, sendo a principal doença óssea metabólica que afeta os idosos. Essa é uma patologia pouco sintomática, e o diagnóstico costuma vir à tona em estágios avançados, geralmente após a ocorrência de alguma fratura.

Lesões de quadril e coluna são os traumas mais comuns associados a essa patologia. Quando elas ocorrem, geram um custo alto para o sistema de saúde, por conta do longo período de internação e da necessidade de cuidado domiciliar. Por isso, é importante se prevenir contra quedas e contra a progressão da doença. Ainda não existe uma cura definitiva para a osteoporose, mas os tratamentos existentes são eficientes em retardar a progressão e controlar as dores.

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde, publicado em 2003, a osteoporose é três vezes mais comum em mulheres do que homens. Em parte, porque as mulheres apresentam um pico de massa óssea menor do que os homens. E também, de acordo com o estudo “Overview of research studies on osteoporosis in menopausal women since the last decade”, por conta das mudanças hormonais que ocorrem durante a menopausa.

Diminuição da estatura provocada pela osteoporose.
Diminuição da estatura provocada pela osteoporose.

Os ossos do corpo humano estão em constante processo de renovação: células velhas são destruídas e substituídas por novas, o que garante o bom funcionamento do sistema musculoesquelético. Quando o ciclo está sendo efetuado normalmente, tudo que é eliminado pelo organismo é regenerado para manter o equilíbrio. Entretanto, em algumas pessoas, essa etapa ocorre de forma inadequada e o corpo entra em um processo degenerativo, o que intensifica a perda de massa óssea e desequilibra a recomposição feita pelo organismo, originando a osteoporose. O maior problema é que a insuficiência desse componente aumenta a porosidade do osso e faz com que ele fique mais frágil e suscetível a fraturas. Conforme a idade aumenta, as células de reparação tecidual perdem a funcionalidade. Por isso, os idosos são alvos frequentes da doença.

CAUSAS

– Degeneração natural: com o passar do tempo, a capacidade de regeneração tecidual vai diminuindo enquanto envelhecemos. O tecido ósseo também tende a ficar fragilizado;

– Deficiência de cálcio: o cálcio é um mineral essencial para a formação do osso. Pessoas que não ingerem a quantidade diária recomendada de cálcio têm maiores chances de desenvolver a osteoporose, pois o corpo não está recebendo a matéria necessária para o bom funcionamento;

– Falta de vitamina D: essa vitamina auxilia na absorção de cálcio pelo organismo e, quando consumida em pouca quantidade, prejudica a formação do osso. A principal fonte de vitamina D provém da pele, quando exposta ao sol. Por isso, é recomendado que qualquer pessoa se exponha à luz solar diariamente, por no mínimo 15 minutos. (antes das 10h da manhã ou após as 16h da tarde);

– Menopausa: após a menopausa, as mulheres têm uma drástica diminuição dos níveis de estrogênio no organismo. Esse hormônio, dentre outras funções, é responsável por retardar a reabsorção óssea e fixar o cálcio no osso. Assim, quando as mulheres interrompem o ciclo menstrual, o sistema esquelético fica mais vulnerável. Além disso, as mulheres possuem ossos mais finos que os homens, sendo consequentemente mais frágeis;

– Histórico familiar: a osteoporose não é uma doença hereditária. Entretanto, um dos fatores genéticos que determina a boa absorção de vitamina D pelo organismo é transmitido de pai para filho e pode determinar o desenvolvimento da doença, pois o corpo terá maior dificuldade para utilizar o cálcio consumido. Por essa razão, é importante ficar atento quanto aos casos de osteoporose na família;

– Sedentarismo: pessoas que não praticam atividades físicas com frequência possuem um sistema musculoesquelético mais debilitado. O processo de formação óssea depende de impacto para estimular o depósito de cálcio. Por isso, o ciclo de reparação fica prejudicado em pessoas inativas;

– Má alimentação: o baixo consumo de vitaminas e mineiras, principalmente do cálcio e da vitamina D, faz com que o organismo consuma massa óssea ao invés de depositar. Dessa maneira, os ossos ficam mais fracos;

– Tabagismo e alcoolismo: essas substâncias prejudicam o estoque de cálcio no corpo humano e afetam o funcionamento das células construtoras dos ossos;

– Medicamentos: idosos que utilizam mais de quatro medicações parecem possuir um risco maior de quedas, devido à interação dessas substâncias. Os remédios mais associados a este aumento são: drogas psicotrópicas, cardiovasculares, corticosteróides e antiiflamatórios não-hormonais.

SINAIS E SINTOMAS

É muito difícil detectar a osteoporose sem nenhum exame de imagem, por conta do caráter assintomático da patologia. Antigamente, ela era descoberta somente após uma fratura múltipla de ossos, geralmente após alguma queda. Os gastos para o sistema de saúde eram altíssimos, e o processo de recuperação era extenso e complicado.

Atualmente, medidas preventivas para idosos e mulheres pós menopausa estão sendo desenvolvidas. Exames como a densitometria óssea, feitos em aparelhos capazes de verificar a densidade e diagnosticar o grau da degradação do osso, são fundamentais para o diagnóstico precoce. Quando a osteoporose é detectada previamente, o tratamento para evitar a progressão é mais efetivo. Fique atento a alguns sinais que podem indicar o desenvolvimento da osteoporose, como:

Dor e sensibilidade nos ossos e nas articulações;

Dor lombar e no pescoço, por causa de lesões na coluna;

As lesões na coluna também podem causar a curvatura da postura e deixar os ombros “caídos”;

Diminuição da estatura, por causa do dano nos ossos;

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Pessoas do grupo de risco de osteoporose devem fazer o acompanhamento com um médico especializado, para controlar a densidade do osso e verificar se há perda de massa óssea. Isso é feito com base em um exame de densitometria óssea, que utiliza um tipo de Raio-x especial para detectar a porosidade do osso. Esse exame é indicado anualmente para mulheres após os 65 anos e homens acima dos 70.

Ainda não existe uma cura definitiva para a osteoporose. Entretanto, é importante começar o tratamento ainda nos primeiros indícios, para retardar a doença e evitar o desenvolvimento das deformações. Os medicamentos utilizados estimulam a formação de massa óssea, facilitando o processo de deposição de cálcio. Algumas medidas podem ajudar no tratamento e na prevenção da osteoporose. São elas:

Alimentação saudável
Os alimentos, para quem tem ou quer prevenir a osteoporose, devem conter bastante cálcio, vitaminas e proteína. Estes nutrientes estão correlacionados à manutenção da massa óssea, e a carência deste componente no organismo pode acelerar a degeneração do tecido. Em idosos, a absorção de cálcio é reduzida tanto pela menor ingestão de alimentos quanto pela diminuição da capacidade do intestino de retirar nutrientes do que é ingerido. Da mesma forma, a pele perde a capacidade de produzir a quantidade ideal de Vitamina D. Por isso, suplementação de cálcio e vitamina D é uma boa estratégia para quem está com o nível dessas substâncias abaixo do ideal.

O consumo de proteína também é importante para quem está perdendo massa óssea. Os músculos são fundamentais para evitar as quedas e estimular a reposição óssea através da movimentação, gerando tração sobre os ossos. Consumir uma boa quantia de cálcio, vitamina D e proteína, durante o dia, pode ajudar a retardar a osteoporose.

Tomar sol
A vitamina D é produzida durante a exposição solar, em uma reação entre as estruturas da pele e os raios ultravioletas (UV). Em idosos, a sua produção é reduzida por conta do envelhecimento da pele e pelo uso de protetor solar, que bloqueia os raios. Recomenda-se em torno de 20 minutos a uma hora de exposição solar sem proteção, dependendo da tonalidade da pele. Lembrando que o sol deve ser evitado entre as dez horas da manhã e as quatro horas da tarde, pois nesse período os raios UV são fortes e podem predispor ao câncer de pele.

Evitar cigarro
O cigarro também é considerado um fator de risco para a osteoporose. Seus componentes químicos, pincipalmente a nicotina, atuam reduzindo a atividade do osteoblasto – células responsáveis pela deposição óssea. Devido ao seu efeito prejudicial na densidade mineral óssea, o cigarro tem sido apontado como fator capaz de predispor o risco a fraturas. Também é importante ressaltar que os efeitos negativos do cigarro não ficam restritos aos indivíduos idosos. Estudos verificaram perda de massa óssea em jovens saudáveis do sexo masculino, considerados fumantes pesados (mais de 21 cigarros/dia).

Moderar no álcool
Assim como o cigarro, estudos observaram o efeito nocivo do consumo abusivo de álcool sobre o tecido ósseo. Parece que existe um efeito direto do álcool sobre as células responsáveis pela formação óssea – os osteoblastos –, que diminui a sua atividade. Observou-se também a diminuição de vitamina D em alcoólatras, o que dificulta ainda mais a deposição óssea.

Praticar exercícios físicos
Sabe-se que o sedentarismo e a imobilização aumentam a reabsorção óssea. Já as atividades físicas são apontadas como fator contribuinte para o aumento da massa óssea e muscular, o que reduz, consequentemente, o risco de fraturas.

Acredita-se que, devido ao pico de massa óssea que ocorre durante a puberdade, o exercício deve ser estimulado desde a infância, por ser esse o período em que o balanço de formação óssea é positivo. Entretanto, a atividade física exagerada deve ser evitada durante a puberdade, pois pode levar a distúrbios hormonais em jovens atletas, o que prejudica o desenvolvimento do esqueleto. É importante que as práticas esportivas sejam sempre acompanhadas por um profissional, para que o risco de lesão seja evitado. Realize sempre treinos progressivos, começando com cargas e intensidades baixas; não esqueça de respeitar os limites do seu corpo. Qualquer sinal de dor deve ser investigado para evitar lesões mais graves.

Adaptação ao ambiente
O principal risco para pessoas com osteoporose é a queda. Todos os cuidados devem ser tomados para que nenhum acidente aconteça. O maior risco está em casa, nas decorações domésticas. Os tapetes, por exemplo, podem enganchar nos pés das pessoas ou deslizar no chão e provocar incidentes alarmantes. Por isso, evite-os. Ilumine bem todos os cômodos e sinalize com fitas adesivas especiais todos os degraus. Esses pequenos detalhes podem evitar muitos problemas.

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Os pés são fundamentais para o controle postural. Além de suportar o peso e impulsionar o corpo, eles possuem amplo número de receptores, que atuam como referência para manter o equilíbrio da estrutura física. Com o envelhecimento, são frequentes as alterações no sistema sensorial, o que prejudica a marcha e a estabilidade das pessoas mais idosas.

As palmilhas e sapatos Pés Sem Dor fornecem maior área de contato entre o pé e o calçado. Dessa forma, ambos garantem maior estímulo sensorial, melhoram o posicionamento dos pés e solucionam outras possíveis dores nos pés, tornozelos e joelhos.

Palmilhas tradicional sob medida Pés Sem Dor
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CALÇADOS

Não há grandes restrições de sapato para quem tem osteoporose, mas o conforto e a estabilidade devem sempre ser levados em consideração. Para isso, escolha calçados sob medida, baixos, com solado antiderrapante e que fiquem firme nos pés. Geralmente, os tênis esportivos são os mais indicados, porque apresentam todas as características acima, incluindo amortecimento no solado. Lembre-se que sapatos de salto alto contribuem para a instabilidade dos pés, pois diminuem a área de contato do pé com o solo e concentram o peso apenas na região dos dedos. Caso seja inevitável a utilização deste calçado, prefira os que são mais baixos e largos.

ESPORTES

A prática de atividade física é muito importante para quem quer se prevenir da osteoporose. Porém, pela doença deixar os ossos frágeis, o recomendado é passar por uma avaliação médica, para saber qual o grau de enfraquecimento ósseo. O que mais preocupa é a possibilidade de os ossos não aguentarem a intensidade do exercício proposto. Logo, com uma verificação prévia, os treinos poderão ser montados dentro dos limites de cada um. Esportes com muito impacto devem ser evitados quando a doença já está avançada. O ideal é procurar algum esporte que combine fortalecimento e condicionamento aeróbico, e que apresente pouco risco de queda e trauma. Os exercícios mais recomendados são, geralmente, a caminhada, a musculação e a dança.

DICAS E CURIOSIDADES

O mais importante é procurar a avaliação de um médico, para que os devidos exames sejam feitos (densitometria óssea e exames de sangue). Dependendo dos resultados, o tratamento e a prevenção podem ser diferentes.

Mantenha-se ativo
Vários estudos comprovam a importância do exercício físico para tratar e prevenir a osteoporose. Porém, dependendo do objetivo, a intensidade e o tipo de atividade podem mudar. Exercícios de alta intensidade e impacto, como vôlei, basquete e futebol, são recomendados na prevenção da osteoporose. Já no tratamento da doença, recomenda-se exercícios aeróbicos de baixo impacto (natação por exemplo), combinados com exercícios de fortalecimento e equilíbrio, como o pilates.

Mantenha uma alimentação rica em cálcio, vitamina D e proteína
Abaixo alguns alimentos ricos desses nutrientes:

– Cálcio: leite e derivados, tofu, brócolis, espinafre, peixes e frutas secas;

– Vitamina D: ovos, salmão, atum, sardinha e cogumelos;

– Proteína: leite, ovo, carne, grão de bico, feijão e lentilha.

Tome sol
A exposição ao sol é fundamental para produção de vitamina D pelo organismo. Essa substância ajuda na captação de cálcio e formação dos ossos. É indicado cerca de 20 min por dia de sol, sem utilizar protetor solar. Lembre-se de evitar o sol durante a tarde, pois os raios ultravioletas são muito fortes nesse horário e podem estimular o aparecimento de câncer de pele.

Calçados
Utilize calçados firmes e que contenham solado antiderrapante. Evite o uso de chinelo de dedo, pois eles podem escapar dos pés e provocar graves quedas. Os sapatos de salto alto também devem ser evitados, pois pioram o equilíbrio (principalmente os de salto fino).

Evite álcool e cigarro
Estudos comprovam que a qualidade óssea de fumantes e alcoólatras é menor do que a de pessoas que não consomem tais substâncias. Por isso, deve-se evitar fumar e beber. Além dos ossos, outros órgãos como pulmões, rins e o coração são beneficiados quando optamos por seguir um estilo de vida mais saudável.

Prevenção de quedas
Grande parte das quedas de idosos acontece dentro da própria casa. Algumas medidas podem ser tomadas para evitar os acidentes.

1) Retire os tapetes ou prenda as bordas com fita dupla face no chão;

2) Ilumine bem os ambientes;

3) Sinalize os degraus com uma fita adesiva;

4) Evite pisos escorregadios;

5) Coloque corrimãos ou barra de apoio.

PERGUNTAS FREQUENTES

Imagem ilustrativa com pessoas se fazendo perguntas,

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LINKS EXTERNOS

1) Prevention and Management of Osteoporosis: Report of a WHO Scientific Group | WHO Scientific Group

2) Diagnóstico e tratamento da osteoporose | Márcio Passini Gonçalves de Souza

3) Prevalência de osteoporose: uma revisão crítica | Paulo Frazão; Miguel Naveira;

4) Efeito do uso de palmilhas no equilíbrio de idosas com osteoporose | Universidade Estadual de Campinas

Maria Morato
Maria Morato
É estudante de jornalismo e criadora de conteúdo da Pés Sem Dor. Escreve sobre patologias, saúde e bem estar no site e blog da Pés Sem Dor. Gosta de ler e conhecer lugares novos!
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