Pé diabético: o que é, causas e como tratar
O pé diabético é uma condição causada pelo diabetes, uma doença crônica em que o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou não é capaz de utilizá-la da maneira correta para regular os níveis de glicose (açúcar) no sangue.
Devido aos altos níveis de açúcar no sangue, a circulação e os nervos da região dos pés são afetados, ocorrendo o que chamamos de pé diabético, quando os pés sofrem com as consequências do diabetes.
É importante entender o pé diabético para agir com prevenção e cuidado, para reduzir as complicações dessa condição dos pés, e assim, reduzir o risco de amputação. Boa leitura!
O que é o pé diabético?
O pé diabético é uma patologia dos pés muito comum em pessoas que sofrem com o diabetes e suas variantes. Por causa dos altos níveis de açúcar no sangue, a circulação sanguínea na região dos pés é comprometida. Podem surgir pequenas feridas, infecções e úlceras nos pés, e esse é um fator preocupante, porque o diabetes dificulta a cicatrização de qualquer ferida, que pode levar a uma amputação.
Quais são as causas do pé diabético?
O pé diabético é causado por complicações de um diabetes não controlado corretamente, como:
- Neuropatia diabética: acontece quando os níveis elevados de glicose danificam os nervos, de forma que o indivíduo perde a sensibilidade nos pés, e posteriormente não percebe o surgimento de machucados.
- Má circulação: o diabetes prejudica o fluxo de sangue nos pés, como a circulação é reduzida, há menor oferta de oxigênio e nutrientes, dificultando a cicatrização e aumentando o risco de infecções.
- Infecções: feridas ou úlceras nos pés de pessoas com diabetes podem se infectar com mais facilidade devido à menor circulação e imunidade comprometida.
- Alterações nas estruturas dos pés: podem surgir alterações no formato dos pés e dos dedos, gerando pontos de pressão, que é um fator de risco para o surgimento de calosidades e feridas que podem evoluir para úlceras se não forem tratadas.
Quais são os sintomas do pé diabético?
O pé diabético apresenta diversos sintomas que mudam de acordo com o estágio e gravidade da doença. Os sintomas mais comuns são:
- Perda de sensibilidade: esse é um dos primeiros sintomas, causados pela neuropatia diabética, e pode afetar os pés e também os dedos, de forma que a pessoa não sente dor, mudanças de temperatura e pressão, tornando-se vulnerável a machucados.
- Formigamento ou dormência: sensações de formigamento, queimação ou dormência nos pés e dedos são comuns, resultado de danos nos nervos causados pela neuropatia diabética.
- Feridas e úlceras: geralmente podem surgir lesões e feridas pequenas, que podem demorar para cicatrizar ou não cicatrizar completamente, evoluindo para úlceras e até infecções.
- Mudanças de cor e temperatura na pele: a má circulação pode fazer com que a pele dos pés se torne mais pálida, avermelhada, azulada e até mais fria.
- Calos e bolhas: é comum que pessoas com pés diabéticos desenvolvam calos e bolhas nos pés, que podem evoluir para feridas profundas se não forem tratadas.
Atenção! Se você tem algum desses sintomas, deve buscar ajuda médica o quanto antes para evitar complicações graves, incluindo a amputação. Monitore os seus pés com frequência.
Como é feito o diagnóstico do pé diabético?
O diagnóstico do pé diabético envolve uma série de exames e testes, realizados por profissionais de saúde. Entenda como funciona:
Histórico clínico
O histórico clínico é avaliado o histórico clínico da pessoa para entender os antecedentes de diabetes, controle glicêmico, e histórico de complicações relacionadas, como neuropatia diabética (dano aos nervos) e doenças vasculares.
Exame dos pés
Inspeção visual
É feita uma verificação da existência de feridas, calos, rachaduras, deformidades e mudanças na cor ou textura da pele.
Palpação
O exame de palpação é feito a fim de detectar deformidades nos pés, calos, inflamações e até pontos de dores.
Avaliação da sensibilidade
São realizados alguns testes com monofilamentos, diapasão ou algodão para avaliar a existência de neuropatia (perda da sensibilidade).
Avaliação da circulação sanguínea
Pulso
O profissional verifica os pulsos nos pés e tornozelos para avaliar o fluxo sanguíneo.
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
O ITB é um exame que mede a pressão arterial nos tornozelos e compara com a pressão nos braços, ajudando a detectar doenças vasculares periféricas.
Testes de Imagem
Exames como radiografia, ultrassom Doppler ou ressonância magnética podem ser indicados para verificar a estrutura óssea e identificar possíveis infecções ou obstruções vasculares.
Classificação do risco
Com a avaliação completa, o pé é classificado em categorias de risco, que ajudam a orientar o acompanhamento e o tratamento preventivo.
Como tratar o pé diabético?
O pé de diabético necessita um tratamento com cuidados que visam prevenir o surgimento de úlceras e infecções. Confira o tratamento geralmente recomendado:
- Manter uma boa higiene: certificar-se de que os pés estão limpos e bem secos é essencial. Opte por sabão neutro e água morna. O sabão neutro é menos agressivo e evita irritações da pele. Já a água morna não oferece risco de queimadura.
- Hidratação: mantenha os pés hidratados, mas evite a aplicação de cremes entre os espaços dos dedos para evitar possíveis infecções fúngicas.
- Manter o diabetes sob controle: os níveis de glicemia devem ser controlados a fim de reduzir o risco de problemas nos nervos e na circulação sanguínea. Visite um médico com frequência.
- Unhas: as unhas devem ser mantidas sempre em boas condições, cortadas da maneira correta para que não machuquem ou causem qualquer tipo de ferida nos dedos.
- Calos: os calos nos pés, se necessário, devem ser lixados suavemente, sempre tendo em mente que o objetivo é não causar nenhum tipo de ferida nos pés.
- Calçados adequados: o uso de calçados confortáveis, que protegem os pés e não geram nenhum tipo de atrito, deve ser priorizado.
- Palmilhas para pé diabético: as palmilhas ortopédicas sob medida ajudam a tratar e prevenir o surgimento de dores nos pés, além de amortecer impactos, alinharem os membros e distribuir as pressões nos pés corretamente.
Não andar descalço: Evite andar descalço, mesmo em casa, para reduzir o risco de lesões.
O acompanhamento frequente com um profissional é indispensável! Consulte um profissional de saúde, como um podólogo ou médico, para avaliar a saúde dos pés e obter orientações personalizadas.
Como prevenir o pé diabético?
As medidas essenciais para prevenir o pé diabético são:
- Controlar o diabetes: manter os níveis de glicemia dentro do recomendado é a medida mais importante para evitar o pé diabético e suas complicações
- Inspecionar os pés: todos os dias os pés devem ser inspecionados, procurando qualquer tipo de alteração e feridas. Aproveite a hora do banho ou pós banho para fazer essa ch
- Fazer exercícios físicos regularmente: a atividade melhora a circulação sanguínea, e por isso é recomendada. Porém, devem ser orientadas por um profissional.
- Consultar periodicamente um profissional: a avaliação preventiva com um profissional é ideal para manter uma boa saúde dos pés e evitar os pés diabéticos.
Uso de calçados adequados para pé diabético
Pessoas com pés diabéticos devem optar por calçados que protejam seus pés, evitando a possibilidade de surgir qualquer tipo de ferida. Esses calçados devem ser confortáveis e que não causem nenhum tipo de atrito nos pés.
Os calçados sob medida da Pés Sem Dor são ideais nesse caso. Eles são feitos sob medida após uma avaliação com nossos especialistas. Confeccionados para as suas necessidades. Eles oferecem um encaixe perfeito e um espaço interno ideal para que os pés se movimentem sem atrito.
São confortáveis e podem ser usados com palmilhas ortopédicas sob medida para pés diabéticos. Para garantir um calçado e palmilha sob medida, é necessário agendar uma avaliação gratuita dos pés.
Perguntas frequentes
Como melhorar a circulação do pé diabético?
Para melhorar a circulação sanguínea nos pés, o ideal é consultar um médico para que ele sugira o tratamento adequado, que pode conter desde a realização de atividades físicas como caminhadas leves, além de massagens e alongamentos, uso de meias de compressão e até evitar fumar e ingerir álcool.
Qual profissional trata do pé diabético?
O pé diabético pode ser tratado por uma equipe médica que contém:
- Um endocrinologista para auxiliar no controle glicêmico.
- Um podólogo para cuidar das unhas, calosidades e feridas.
- Um angiologista ou um cirurgião vascular para cuidar da circulação sanguínea.
- Um enfermeiro para realizar curativos e monitorar a cicatrização de feridas.
- Um ortopedista para auxiliar na correção de deformidades e outras condições estruturais dos pés.
Quais os fatores de risco para o pé diabético?
Os principais fatores de risco para o pé diabetico são os altos níveis de glicose no sangue, a perda de sensibilidade nos pés e pessoas que possuem doença vascular periférica, pois a circulação reduzida dificulta a cicatrização e aumenta o risco de infecções.
Além disso, o tabagismo também pode ser um fator de risco. O fumo compromete a circulação e agrava problemas vasculares.