Pé rachado: causas e tratamentos
As rachaduras nos pés são um problema relativamente comum – principalmente nas épocas mais secas do ano. Além de provocar dor ao pisar, a quebra na pele costuma causar constrangimento, fazendo com que as pessoas que sofrem com o problema evitem utilizar calçados abertos, como chinelos e sandálias. Um pé rachado pode surgir por vários motivos, desde mudanças no clima até problemas mais sérios de saúde. Se você deseja entender quais são as causas do problema e o que fazer para se ver livre dele, não deixe de ler até o final!
Pé rachado: quais são as causas?
As rachaduras no pé costumam acontecer por uma combinação de dois elementos: espessamento da pele por impacto e ressecamento. Quando caminhamos, ao tocar o chão, a pele da sola do pé expande com a pressão do corpo e volta ao seu estado natural quando deixa o solo. Para ganhar elasticidade e executar esse movimento de expansão sem que surjam rachaduras, é preciso que a pele esteja hidratada. Entretanto, não é apenas a quantidade de cosméticos que passamos nos pés que influenciam o surgimento das rachaduras – outros fatores também estão relacionados. Confira abaixo!
Uso frequente de calçados abertos
Uma das coisas que mais incomoda quem sofre com pé rachado é o fato de não poder usar sapatos abertos sem se sentir desconfortável. Mas você sabia que há uma relação direta entre esse tipo de calçados e o surgimento das rachaduras?
Os calçados abertos, como os chinelos e rasteirinhas, expõem mais a pele dos pés ao ambiente, deixando-a mais vulnerável à perda de líquido – lembre-se que o ressecamento é um dos principais motivos para o surgimento das rachaduras. Além disso, esse tipo de sapato não costuma oferecer uma boa absorção de impacto, fazendo com que a pele do calcanhar receba toda a pressão da movimentação e do peso corporal.
Isso significa que os calçados abertos são vilões? Não! Você pode usar chinelos e rasteirinhas sem problemas, mas procure alternar esses calçados com outros que ofereçam uma sustentação melhor ao calcanhar.
Lixar muito os pés
Dia após dia, as células da pele morrem e são substituídas por outras. Durante esse processo, as que não estão mais ativas são eliminadas por meio da descamação. Como a pele da sola do pé é mais grossa, esse processo de troca é um pouco mais evidente nessa parte do corpo do que em outras. Para evitar que a pele morta fique aparente, muitas pessoas optam por agilizar o processo lixando o pé.
Contudo, quando esse processo é realizado com muita frequência, a pele se sente agredida e, para se defender, se espessa cada vez mais e forma algumas fissuras, resultando em um pé rachado.
Sobrepeso
O sobrepeso provoca alterações em vários aspectos da saúde, incluindo a saúde da pele. O excesso de peso leva a uma sobrecarga de impacto sobre as articulações e tecidos do corpo. Por isso, pessoas obesas têm mais predisposição a sofrer com dores nos pés, joelhos e tornozelos, calos e rachaduras.
Doenças primárias
Muitas vezes, o pé rachado não é causado somente por conta do clima ou de sapatos que não aliviam as pressões corretamente. Algumas doenças, como as que serão listadas abaixo, podem contribuir para o ressecamento da pele, favorecendo o surgimento de fissuras.
Diabetes
Devido às alterações provocadas pelo excesso de glicose no sistema nervoso autônomo – responsável por regular a produção de suor e sebo –, a pele dos diabéticos é mais sensível e ressecada do que a de outras pessoas. Além disso, a necessidade de eliminar a glicose por meio da urina faz com que o diabético vá muitas vezes ao banheiro, levando à perda rápida de líquidos, o que contribui para o ressecamento da pele. Em razão disso, é comum encontrar pessoas com diabetes que se queixam de pé rachado.
Psoríase
A psoríase é uma doença inflamatória não contagiosa que provoca descamações na pele. Os descascados podem surgir periodicamente e em momentos de estresse, motivados por alterações emocionais. No caso de psoríase palmo-plantar, que acomete as palmas das mãos e dos pés, surgem fissuras muito parecidas com o pé rachado comum. Por isso, caso o problema seja persistente, é importante investigar a origem com um profissional de saúde.
Hipotireoidismo
O hormônio da tireóide é muito importante para o funcionamento das glândulas sebáceas e sudoríparas. Como o hipotireoidismo é uma desordem que provoca deficiências no funcionamento da glândula tireóide, pessoas que sofrem de hipotireoidismo têm mais predisposição a sofrer com o pé rachado.
Pé rachado: como é feito o tratamento?
O tratamento para as rachaduras nos pés passa por entender o que está provocando o surgimento das fissuras. Depois de identificada a causa, algumas intervenções podem ser feitas para eliminar ou controlar o problema, como:
Beber mais água e utilizar cosméticos hidratantes
Como uma das principais causas para o pé rachado é o ressecamento da pele, para tratar o problema pela raíz, é preciso cuidar da hidratação por dentro e por fora. Por isso, beba bastante água e utilize cremes hidratantes para evitar o surgimento de novas fissuras. Em alguns casos, dependendo da gravidade das rachaduras, a dermatologista pode recomendar cremes cicatrizantes.
Utilizar sapatos confortáveis
A sobrecarga sobre os tecidos do calcanhar é um dos grandes motivos que provocam as rachaduras no pé. Além dos calçados abertos, os sapatos apertados, com palmilhas finas ou muito duras, também são prejudiciais para a saúde dos tecidos do calcanhar. Por isso, utilizar sapatos confortáveis, que ofereçam uma boa sustentação e absorção de impacto, é essencial para tratar o pé rachado e evitar que o problema reapareça.
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Perguntas frequentes
O que é bom para acabar com rachaduras nos pés?
O pé rachado costuma ser causado por uma mistura de sobrecarga nos tecidos do calcanhar e ressecamento da pele na região. Sendo assim, geralmente, manter a pele hidratada – bebendo água e utilizando cremes – e utilizar sapatos que ofereçam uma boa absorção de impacto, gera bons resultados no tratamento das rachaduras nos pés.
Pode lixar o pé em todos os banhos?
Não é recomendado lixar o pé com muita frequência, pois o atrito faz com que a pele fique sensível e cada vez mais espessa, criando as fissuras características do pé rachado.
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