Pessoas com nanismo: como aliviar as dores nas articulações?
Entenda as consequências da acondroplasia e do nanismo pituitário para a saúde das articulações de pessoas com nanismo!
Pessoas com nanismo possuem uma condição genética rara, que provoca um crescimento esquelético anormal, resultando em indivíduos com estatura menor do que a média mundial para sua idade e sexo. A acondroplasia é o tipo de nanismo mais comum – a estimativa de ocorrência é de 1 a cada 10.000 a 30.000 nascidos vivos, segundo a Fundação Oswaldo Cruz.
Devido à formação disfuncional dos ossos, muitas pessoas com nanismo apresentam desalinhamentos articulares, principalmente nos joelhos. Esse fator, unido ao uso de calçados não adaptados para esse público, faz com que muitos portadores da deficiência sofram com dores nos pés e articulações. Entenda mais abaixo!
Quais são os tipos de nanismo? Quais as causas?
A causa mais comum do nanismo são mutações genéticas que impedem o crescimento ordinário dos ossos longos. Entretanto, em alguns casos, distúrbios metabólicos, que inibem a produção do hormônio do crescimento, podem estar por trás da deficiência. A classificação dos tipos de nanismo divide-se em dois grupos: nanismo proporcional e desproporcional. Veja mais:
Nanismo proporcional
O nanismo proporcional, também conhecido como nanismo pituitário ou hipofisário, resulta de uma deficiência na produção de hormônio do crescimento. Nessa variação da doença, o desenvolvimento dos órgãos e ossos é proporcional, o que dificulta seu diagnóstico durante a infância.
Em geral, crianças com nanismo pituitário têm o peso normal ao nascer e um comprimento ligeiramente menor do que a média. Entretanto, a velocidade de crescimento diminui progressivamente. Alguns sinais na infância são:
- Aumento da gordura abdominal;
- Diminuição da massa muscular;
- Retardo no aparecimento da dentição;
- Cabelos muito finos;
- Crescimento deficiente das unhas;
- Voz aguda, devido ao estreitamento da traqueia em toda a sua extensão.
Quais são as causas?
De acordo com uma publicação feita pela Revista Lume, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 78% dos casos de nanismo proporcional são idiopáticos – ou seja, apesar de diagnosticada, não há uma causa específica para o surgimento da doença. Entretanto, formas adquiridas podem ser resultado de alterações no hipotálamo.
Nanismo desproporcional
O nanismo desproporcional, também conhecido como acondroplasia, é o tipo mais comum de nanismo. A deficiência é caracterizada pela redução dos ossos longos do corpo, resultando em braços, pernas, pés e mãos mais curtos, embora a cabeça e o tronco tenham tamanho próximo à média. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pessoas com nanismo desproporcional tendem a ter as pernas arqueadas (joelho varo), sendo mais suscetíveis a forças compressivas devido à hipermobilidade articular. Além disso, a obesidade, logo na infância, é um dos maiores problemas na acondroplasia, contribuindo para alterações biomecânicas que prejudicam a qualidade de vida do portador.
Quais são as causas?
Ainda de acordo com a Fiocruz, a acondroplasia é causada por uma mutação no gene FGFR3, que regula o crescimento ósseo. Aproximadamente 80% das ocorrências não são herdadas – ou seja, ocorrem como primeiro caso na família. Os outros 20% são herdados de um dos progenitores, portador de nanismo, embora isso não signifique que os filhos de uma pessoa com acondroplasia necessariamente nascerão com nanismo.
Pessoas com nanismo: desalinhamento articular
Devido às diversas alterações anatômicas, pessoas com nanismo podem sofrer com dores nas articulações e nos membros inferiores, que costumam ser agravadas pelo ganho de peso. Como vimos, um dos principais desalinhamentos articulares percebidos nos corpos de pessoas com nanismo, especialmente acondroplásico, é o joelho arqueado – ou joelho varo. Entenda mais abaixo:
Acondroplasia e joelho varo
Apesar de não afetar o desenvolvimento cognitivo – salvo em raríssimos casos –, a acondroplasia favorece o surgimento de dificuldades motoras provocadas por um tônus muscular fraco e articulações hiperextensíveis, que levam a deformidades no alinhamento dos joelhos varos e outras alterações biomecânicas. Segundo uma revisão de literatura realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o tamanho desproporcional da fíbula em comparação com a tíbia está relacionado ao arqueamento das pernas de pessoas com nanismo, pois favorece a ocorrência de tensão entre os ossos.
Os joelhos varos são caracterizados por se manterem mais afastados um do outro, mesmo que o indivíduo esteja com os tornozelos unidos, dando às pernas um aspecto arqueado. Isto ocorre por causa de alteração no alinhamento da articulação entre tíbia (o osso da canela) e fêmur (o osso da coxa).
Em razão do desalinhamento da articulação femorotibial, podem surgir dores articulares e outras desordens estruturais que ocasionam problemas na sustentação muscular e lesões nos tendões e nos ligamentos.
Como é feito o tratamento e aliviar as dores?
De acordo com o Manual de Atendimento a Pessoas com Nanismo, do Ministério da Saúde, a correção da articulação do joelho pode ser realizada por meio das seguintes intervenções:
- Cirurgias de correção: a fim de minimizar as complicações da acondroplasia e potencializar a mobilidade do indivíduo, o profissional responsável pelo tratamento poderá indicar uma cirurgia de correção do alinhamento da articulação do joelho;
- Perda de peso: como pessoas com nanismo tendem a ter uma musculatura reduzida e articulações mais flexíveis, eliminar o excesso de peso é um dos caminhos indicados para reduzir a sobrecarga sobre as articulações dos joelhos;
- Praticar atividade física: fortalecer os músculos é essencial para melhorar a amplitude de movimentos da articulação e melhorar a sensação de bem-estar da pessoa com nanismo. Entretanto, é importante optar por modalidades que não forcem as articulações, como a natação;
- Uso de palmilhas e calçados ortopédicos: as palmilhas e calçados sob medida ajudam a reduzir a sobrecarga exercida nas estruturas que compõem a articulação dos joelhos, pois auxiliam no alinhamento articular e aumentam a absorção de impacto.
Calçados e palmilhas Pés Sem Dor para pessoas com nanismo
Os calçados convencionais são produzidos em larga escala em uma única forma que visa atender a todos os tipos de pés. Com isso, muitos indivíduos acabam adquirindo calçados apertados, com pouca absorção de impacto, e que não são capazes de corrigir as imperfeições na pisada (pronada ou supinada) e nas articulações.
No que se refere às pessoas com nanismo, esse quadro é ainda mais grave, pois dificilmente encontram-se calçados pensados para as necessidades estéticas e articulares desse público. Muitos portadores da deficiência vêem-se forçados a adquirir calçados que não são apropriados para suas dores e estilo de vida, visto que a maioria dos sapatos para adultos não possuem numerações pequenas.
Pensando em proporcionar uma vida com mais qualidade para pessoas com nanismo, a Pés Sem Dor confecciona calçados e sandálias sob medida, que se adequam ao dia a dia e às necessidades dos portadores da deficiência. Feitos com os moldes dos pés de cada pessoa, nossos produtos são capazes de proporcionar um encaixe perfeito e de eliminar as dores causadas pelos sapatos comuns.
Além disso, as palmilhas sob medida, produzidas pela Pés Sem Dor, proporcionam as correções necessárias para alinhar a pisada em neutro e diminuir ou eliminar o desalinhamento articular. Incluindo nossos produtos no seu dia a dia, você poderá obter:
- Mais conforto para as atividades do dia a dia;
- Mais tempo em pé sem dores nos pés e articulações;
- Prevenção da progressão de patologias;
- Mais absorção de impacto;
- Mais estabilidade.
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Perguntas frequentes
Por que a avaliação é necessária?
Durante a avaliação, nossos especialistas em pés, joelhos e tornozelos poderão entender as suas dores e realizar os exames necessários para entender todos os detalhes dos seus pés e articulações. Com essas informações em mãos, sua palmilha e seu calçado poderão ser confeccionados nos moldes exatos dos seus pés e das suas necessidades.
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Fontes
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10581/000598107.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40366/2/flavia_alves_iff_mest_2018.pdf
https://www.geneticanapratica.ufscar.br/temas/acondroplasia
https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/bitstream/prefix/4588/1/TCC_AbordagemTerapeuticaJoelhos.pdf