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Última Atualização: 17 de outubro de 2024

Salto Alto

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É fato que o uso de salto alto é uma paixão das mulheres de todo o mundo, tanto que muitas delas não querem “descer do salto”. Entretanto, o uso desse tipo de calçado, priorizando a beleza e prejudicando o conforto, pode ser muito prejudicial para a saúde, resultando em dores. O salto alto causa diversas alterações biomecânicas que variam de acordo com a altura do salto: quanto maior for, mais prejudicial será. Por exemplo, um salto de até 3 cm de altura ainda é inofensivo. No entanto, a altura média dos saltos utilizados pelas brasileiras é de 6 a 10 cm.

As principais alterações biomecânicas decorrentes do uso de salto alto variam desde mudança do centro de gravidade, má distribuição da carga nos pés, alteração na posição das articulações dos pés, tornozelos, joelhos, quadris, pelve e coluna.

O centro de gravidade precisa se manter dentro da base de suporte para ocorrer o equilíbrio postural do indivíduo. Quando esse indivíduo faz uso de salto, o centro de gravidade é alterado, gerando desequilíbrio. Na tentativa de compensar o desequilíbrio, a mulher hiperestende os joelhos, sobrecarregando as articulações femoropatelares e a coluna lombar. A longo prazo, também ocorre encurtamento dos músculos da panturrilha.

O uso do salto alto altera a marcha das usuárias, de modo que o tempo de apoio total (quando os dois pés estão apoiados no solo) é menor e o impulso na fase final de apoio fica comprometido, resultando no trabalho muscular maior dos membros inferiores. Ocorre a redução da participação do calcanhar na sustentação do corpo, aumentando proporcionalmente a participação do antepé. Esse aumento da carga no antepé é o responsável pelos relatos de dores nos pés e surgimentos de calos sob as cabeças dos metatarsos e nas falanges (dedos), principalmente dos 2º a 4º, o que é agravado se o tipo de sapato é de ponta fina, que pressiona os dedos. Outra causa para o aparecimento de calos é o colapso de um ou mais arcos plantares.

 

distribuição plantar representada em porcentagens de acordo com altura do salto.
Distribuição plantar de acordo com altura do salto.

Os efeitos negativos do uso:

O uso do salto alto tem consequência nos joelhos, que permanecem semi-flexionados e para ocorrer a estabilização do corpo, a coluna lombar hiperestende, gerando um aumento da atividade dos músculos espinhais.

Além disso, alguns dos principais efeitos negativos do uso frequente do salto incluem:

  • Sobrecarga dos dedos;
  • Mudança da postura (o corpo é projetado para frente para manter o balanço);
  • Aumento da Lordose lombar;
  • Aumento da inclinação (ou tilt) anterior da pelve.

 
Sem dúvidas, os efeitos negativos do salto alto podem ser nefastos à saúde. Porém, para quem não abre mão completamente do uso desse tipo de calçado, felizmente existem no mercado alguns produtos desenvolvidos para aliviar os incômodos causados pelo salto. Além disso, outra forma de aliviar ou evitar os desconfortos provocados pelo uso desse tipo de calçado é apostar em exercícios de alongamentos específicos.

COMO A PALMILHA PÉS SEM DOR PODE AJUDAR?

O uso de palmilhas pode ajudar na melhora da distribuição de cargas dos pés, aliviando as dores. A palmilha Pés Sem Dor para conforto ajuda a redistribuir a pressão localizada sob os metatarsos, aliviando a tensão na região. Para isso, há um apoio retrocapital (piloto), que aumenta o espaço entre os ossos da ponta do pé, melhorando o apoio nas cabeças dos metatarsos e aliviando a dor. Além disso, esse apoio promove o suporte do arco transverso, que, na maioria das vezes, está desabado decorrente do uso frequente de salto alto.

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Palmilhas Pés Sem Dor para salto alto.

As palmilhas são fabricadas em impressoras 3D, com filamentos de TPU (Poliuretano Termoplástico), um material altamente resistente e flexível, que mantém as características e funcionalidades da palmilha por um tempo prolongado. A palmilha é 3/4 e não desliza dentro do calçado, conferindo maior apoio e estabilidade aos pés. Ela pode ser utilizada em qualquer tipo de salto, pois suas propriedades permitem que ela se molde facilmente, conforme a necessidade.

Mateus Martinez
Mateus Martinez
Atualmente é diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor. É mestre em fisioterapia esportiva pela The University of Queensland, Austrália (2015). Especialista em Dry Needling (agulhamento a seco) pela Combined Physio Austrália. Graduado em fisioterapia na USP - Universidade de São Paulo (2011). É professor convidado da pós-graduação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Foi fisioterapeuta da equipe Vôlei Brasil Kirin (2013) e Medley Campinas (2011-2013). Foi professor de anatomia e patologia básica para curso técnico de radiologia da Escola Profissionalizante CETEP (2012-2013) e é sócio proprietário da Clínica LM Saúde. É co-autor de 6 estudos sobre saúde dos pés, possui mais de 170 artigos escritos sobre saúde dos pés no site da Pés Sem Dor e é criador de conteúdo no canal do Youtube da Pés Sem Dor, onde fala sobre saúde, bem estar e dores nos pés, tornozelos e joelhos para +160 mil inscritos. Profissional com registro no crefito: 162983-F
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